Depois de jantar com Vanessa, Rebeca não hesitou em perguntar sobre a sua vida e trabalho. Ficaram conversando horas até chegar o momento de partirem para o encontro. Rebeca estava na cozinha quando ouviu a companhia tocar. Quase ao mesmo tempo, Vanessa perguntou: 

— Tá esperando alguém? 

— Não... Quem será que é? 

Meio sem jeito, foi até a porta intrigada. 

— Beto? 

— Oi... Bem achei melhor vir aqui, dar uma passadinha antes de irmos. Gostou da surpresa? 

Mas como todo mundo de repente sabe o endereço da casa das pessoas? Rebeca estava surpresa e ao mesmo tempo incomodada, será que é a única do bairro que ainda não se mudou para outra casa? Todos um dia tiveram que morar em outros lugares por causa de novo empregos, independência, etc. Mas Roberta preferiu ficar em seu velho bairro assim mesmo. Vivia com a mãe e era filha única. Depois que ela morreu de câncer no pulmão, preferiu não vender a casa, pois era algo de felizes memórias.

Olhou para o Beto, com os olhos cheios de emoção e o abraçou: 

— Que saudade que eu estava de você, quanto tempo! 

Sua felicidade era de se ver de longe. Tanto que o chamou para se sentar na sala com Vanessa que parecia estar surpresa e receptiva de ter tido mais um encontro com ele. Colocaram o papo em dia como nunca tinham feito antes. Se esqueceram do encontro, beberam e riram de velhas histórias. 

O penteado de Beto, seu estilo moderno e diferente com seu humor e charme eram irresistíveis. Estava mudado, não apenas pela sua aparência. Reparou uma aliança em seu dedo. Talvez comprometido? Ele estava mais que um homem sério e responsável ao seu olhar, estava mesmo é atraente.