Aquilo se diluía num único espremer. Não sei expressar ao certo como aquilo saía de sua cabeça. Parecia cinza e tinha algumas cores. Como o vermelho, vindo de um buraco profundo. Naquela parte era o que mais espremia, mas parecia não se espalhar e se dividir. Desperdício, talvez por existir o vento e dissolver até juntar ao nada, como a gravidade do espaço num momento certo, quando surge uma bola de energia e espalha como a aurora boreal.

Tinha muitas pedras que me machucaram quando eu estava perto. Talvez a tenha machucado também, por dentro. Não pude evitar, não poderia sair dali quando estava ao meu alcance. Não ousaria, me alimentava dessa energia que me fazia enxergar a vida mais clara e melhor. Dias e noites. Ela parecia mobilizada em pequenos fragmentos que flutuava em sua volta. Queria rouba-los para devolve-los de alguma forma para dentro de seu corpo para vê-la bem. O vazio tornava a aumentar.