Dessa vez não é "As crônicas de Nárnia", mas os acontecimentos que levam a intolerância de opiniões nas redes sociais, em especial "As crônicas de Facebook".

Paralelo também ao nosso mundo, a rede social que virou um vício quase incontrolável depois do Orkut deu à nós novas maneiras de expor opiniões. Viva a democracia! 


Uma terra sem leis? Mas não mesmo. Para isso existe o Marco civil da internet criado em 23 de abril de 2014 para proteger os direitos como o de privacidade e liberdade de expressão. O que se fala sempre no facebook quando o assunto sempre é política, religião ou futebol. Isso quando um ou outro usuário não apela para a agressão verbal e perde o controle da conversa e se desfoca totalmente do assunto inicial. 

Essas e entre outras crônicas com diálogos nesse tempo moderno foi mudado da praça, sala de jantar, do telefone para a internet. Essa ferramenta que conecta com pessoas do seu círculo social ou próximo também traz discórdias nos comentários. De forma raivosa, e sem abertura para expor argumentos, apelar pela irracionalidade, e acaba desmerecendo o debate. Parece que as pessoas ficaram mais intolerantes com opiniões contrárias das delas. 

Percebo que onde tem regras que limitam o que comentar ou postar sobre qualquer outro assunto traz atitudes coerentes às normas, porque com certeza se não respeitar vai ser banido pelo administrador do grupo. Sempre naquele sentimento de que “quando há regras tenho que cumprir se não vou ser punido”. Contrário do que “vou fazer as coisas com consciência e olhar com empatia o meu próximo”. E olhe lá, tem pessoas que respeitam uma as outras sem regras, não posso generalizar uma comunidade com mais de 89 milhões de brasileiros

Não somos todos mal-educados ou com complexo de vira-latas, como dizem os patriotas de plantão. Nos unimos com acontecimentos e opiniões, então por que não se juntamos para debater além de julgar ser o único certo? 
  


O DIA EM QUE O FACEBOOK FICOU COLORIDO 


Na última sexta-feira (26), o Estados Unidos legalizou o casamento gay em todos os seus Estados. Grupos LGBT e simpatizantes do movimento, e favoráveis aos direitos iguais abraçaram com maior alegria mais uma vitória desses direitos. Mark Zuckerberg inovou ao disponibilizar uma ferramenta que colore a foto do perfil. Resultado? Um arco-íris a cada atualização da Linha do tempo. 

Me atrevo a exercer empatia mais uma vez. Olhando para os dois lados, quem apoia não devia se importar com quem não apoia, ou então argumentar com opiniões que apenas julgam, e buscam confirmação do que um debate. A mesma coisa para quem opina e apresenta como exemplo outras causas a serem apoiadas, como se uma causa fosse mais importante que a outra. Claro, dar opinião é importante, contudo manter o respeito e a civilidade é melhor e mais harmonioso para a nossa sociedade que julga tanto e age sem esperar das autoridades.

Olhando para quem pôs a foto de perfil colorida, é apoiar a causa, e não precisa ser gay. Uma causa não anula a outra, mas as histórias sim, as crônicas dessa rede que nos afasta e ao mesmo nos une para uma causa maior. 

© Mariana Grava
Sempre quis inspiração, no vento que toca as flores e suaviza todo o ambiente cheio de caos. Em como as coisas simples são completas e trazem uma paz. Você me congelou e me trouxe essa paz, esse momento que é parado porque nada ao meu redor é mais importante do que estar com você. 

Sempre me dizia ‘venha me ver’, enquanto eu corria com medo pensando que você jamais me diria isso. Enquanto eu voltava, estava chorando, em agonia, e meu coração apertava. Vou te ver, volto se me quiser. Não me deixe em confusão com sua ternura e toque que me agrada a alma e coração.

Nessa imensidão de pessoas, que são escolhidas como objetos, me alterno num mundo paralelo onde eu possa te reviver em minha mente. O detalhe da sua boca, seu cabelo cheiroso e sua pele macia e perfumada. 

A cada esquina vejo uma imagem sua, mas quando me viro para ter certeza, são só pessoas passando na rua com seus celulares e olhares desatentos. Será que é loucura te ver como se eu fosse o único que observa a vida sem você? 

Passe por aqui, e te guiarei no caminho mais detalhado, sem hesitação, sem joguinhos de sedução e sem nenhuma mentira. Há tanta coisa a ser escrita, que prefiro que a gente não leia nossa história, mas viva como principais personagens. Por isso, me traga mais inspiração para juntos terminarmos nossa história.

Aquilo se diluía num único espremer. Não sei expressar ao certo como aquilo saía de sua cabeça. Parecia cinza e tinha algumas cores. Como o vermelho, vindo de um buraco profundo. Naquela parte era o que mais espremia, mas parecia não se espalhar e se dividir. Desperdício, talvez por existir o vento e dissolver até juntar ao nada, como a gravidade do espaço num momento certo, quando surge uma bola de energia e espalha como a aurora boreal.

Tinha muitas pedras que me machucaram quando eu estava perto. Talvez a tenha machucado também, por dentro. Não pude evitar, não poderia sair dali quando estava ao meu alcance. Não ousaria, me alimentava dessa energia que me fazia enxergar a vida mais clara e melhor. Dias e noites. Ela parecia mobilizada em pequenos fragmentos que flutuava em sua volta. Queria rouba-los para devolve-los de alguma forma para dentro de seu corpo para vê-la bem. O vazio tornava a aumentar.